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Crítica | O Mais Longo dos Dias (The Longest Day, 1962)

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Apesar de existirem registros de conflitos na África, o dia 1º de setembro de 1939 é considerado o marco inicial da Segunda Guerra Mundial, quando Hitler ordenou a invasão e ocupação da Polônia. A ideia do Führer, dentre outras estratégias e sentimentos, era o de expandir as fronteiras da Alemanha, construindo um império de 1.000 anos (Terceiro Reich).

O Eixo, como foi denominada a união entre Alemanha, Itália e Japão, impôs o terror ao mundo, dominando/escravizando outros povos, realizando experimentos, promovendo a matança em larga escala dos judeus, entre outros absurdos que, em estado de guerra, fazem emergir os instintos primevos no homem.

Contra o exército alemão, ponto central do Eixo, tropas de países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, que formavam os Aliados e mais exércitos anônimos de resistência em vários países uniram-se pelo fim da guerra. Depois de longos 6 anos sangrentos anos de batalhas, os Aliados estabeleceram a data de 6 de junho de 1944 como o “Dia D”, decisivo para invadir a França e, assim, libertar a Europa dos nazistas.

Invasão da Normandia: Operação Overlord

Quanto à mobilização de tropas os números variam conforme as fontes, mas estima-se que cerca de 150 mil homens participaram da invasão da Normandia (França), com apoio de 3 a 6 mil navios e de 4 a 10 mil aeronaves, que formaram a maior armada que o mundo já viu.

O filme “O Mais Longo dos Dias” é a reconstituição vivida, momento a momento, deste evento histórico e que determinou um novo ciclo no mundo, pois não só precisou o início da queda do império nazista, mas também foi decisivo nos próximos anos para a formação de um novo mapa geopolítico – e econômico – que se formaria no mundo pós-Segunda Guerra.

Superprodução do cinema, “O mais longo dos Dias” trouxe inovações como uma direção que transitava entre o fantástico e o documentário. Vencedor de duas estatuetas do Oscar em 1963 (efeitos especiais e fotografia) é um clássico do cinema de guerra, reunindo dezenas de estrelas de Hollywood como Henry Fonda, Richard Burton, John Wayne, Sean Connery, Robert Mitchum, entre outros.

Outra curiosidade é que o filme contou com vários diretores: Ken Annakin, Andrew Marton, Bernhard Wicki, Darryl F. Zanuck, que se dividiram entre as cenas das movimentações das tropas britânicas, americanas e alemãs. Os vários diretores deram, em 1962, impressões diferentes, porém muito bem amarradas ao todo do filme. Recurso este muito utilizado nas novas séries de TV, em que a cada episódio emprestar o olhar de um diretor.

Para os amantes do cinema, o filme é muito bem construído em três horas que não se percebe o desenrolar do tempo. No entanto, “O Mais Longo dos Dias” não se limita a um registro histórico do que foi o “Dia D”. Atrás de suas linhas, também, pode-se analisar os conflitos, a disputa pelo poder entre nações e do ser humano, que transita na história da humanidade entre a guerra e a paz, em um exercício contínuo.

Premiação

OSCAR – 1963

Melhor Direção de Fotografia em preto e branco

Melhores Efeitos

Indicações

Melhor Filme

Melhor Edição

Melhor Direção de Arte em preto e branco

GLOBO DE OURO – 1963

Melhor Direção de Fotografia em preto e branco

Indicação

Melhor Filme – Drama

FICHA TÉCNICA

Título Original: The Longest Day

Ano: 1962

País de origem: Estados Unidos

Elenco: Arletty, Curd Jürgens, Eddie Albert, Fabian, Fernand Ledoux,  George Segal, Gert Fröbe, Hans Christian Blech, Henry Fonda, Jean-Louis Barrault,  John Wayne, Mel Ferrer, Paul Anka, Pauline Carton, Peter Lawford, Ray Danton, Red Buttons, Richard Beymer, Richard Burton, Richard Todd, Robert Mitchum, Robert Ryan, Robert Wagner, Roddy McDowall, Rod Steiger, Ron Randell, Sal Mineo, Sean Connery, Steve Forrest, Wolfgang Büttner.

Direção: Ken Annakin, Andrew Marton, Bernhard Wicki, Darryl F. Zanuck

Produção: Darryl F. Zanuck

Roteiro: Cornelius Ryan

Música Original: Maurice Jarre

Fotografia: Jean Bourgoin, Walter Wottitz

Duração: 178 minutos

O filme integra o acervo da Vídeo Paradiso


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